F1: O Filme (2025) – Quando a qualidade técnica equilibra a experiência com roteiro desajustado

Dirigido por Joseph Kosinski, cineasta que ascendeu em Hollywood através do sucesso estrondoso de Top Gun: Maverick (2022), F1: O Filme (2025) traz uma proposta de cinema blockbuster associada à “velha guarda” que funciona de modo semelhante ao seu antecessor estrelado por Tom Cruise, apoiando seu impacto à imagem carismática de Brad Pitt e às significativas conquistas técnicas nas quais a produção do longa-metragem dedicou-se a alcançar.
Com a adoção de um caráter imersivo às cenas de corrida, a direção eficiente de Joseph Kosinski consegue se desvencilhar dos empecilhos impostos pelo roteiro assinado por Ehren Kruger, destinando seus esforços intensamente ao aperfeiçoamento técnico como forma de garantir uma experiência visceral atrelada a uma consequente dramaticidade que constitui os momentos de tensão no cockpit da Apex, equipe de F1 fictícia na qual a trama está centrada.

Com a definição da persona carismática de Brad Pitt, que interpreta o piloto Sonny Hayes (cujo potencial foi desperdiçado após um grave acidente), que retorna à Fórmula 1 à pedido de um velho amigo, Ruben Cervantes, papel incorporado por Javier Bardem, com o intuito de garantir sua permanência nos circuitos da F1. Também vale destacar a eficaz performance de Damson Idris como Joshua Pearce, piloto titular da Apex, que disputa com Sonny um destaque maior nas corridas.
Elevando a proporção das sequências mais decisivas da trama, a trilha sonora composta por Hans Zimmer mantém a tensão crescente durante as cenas de maior relevância dramática. Além disso, as diversas faixas sonoras que ressoam ao longo do filme desempenham uma importância considerável para a condução do enredo, manifestando suas mudanças estruturais que refletem o desenvolvimento dos personagens, por exemplo.
Portanto, F1: O Filme (2025), apesar de possuir uma narrativa comprometida por uma abordagem previsível, produz os efeitos necessários para uma experiência imersiva, depositando seus esforços em sua qualidade técnica, reforçada pela ambição de seu idealizador em construir o ambiente de produção, tornando-o mais próximo possível da realidade das corridas de Fórmula 1.
